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VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS DESTAPA NECESSIDADE DE REACTIVAÇÃO DA BRIGADA ESCOLAR

Stela Cambamba Lito Cahongolo

Uma ronda feita pelo jornal OPAÍS em várias escolas da cidade de Luanda, por conta dos últimos casos de violência que aconteceram nestes recintos, foi possível constatar a insegurança dos alunos e a necessidade de se reactivar a extinta Brigada Escolar da Polícia Nacional. Para além das agressões físicas entre os estudantes, a questão do vandalismo é frequente, pelo que algumas pessoas defendem que o problema constitui preocupação.

Uma ronda feita pelo jornal OPAÍS em várias escolas da cidade de Luanda, por conta dos últimos casos de violência que aconteceram nestes recintos, foi possível constatar a insegurança que os alunos e a necessidade de se reactivar a extinta Brigada Escolar – da Polícia Nacional. Para além das agressões físicas entre os estudantes, a questão do vandalismo é frequente, pelo que algumas pessoas defendem que o problema constitui preocupação

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OInstituto Médio Industrial de Luanda (IMIL), vulgarmente conhecido como Makarenko, tem registado casos de violência todos os meses, tanto dentro como fora da instituição, protagonizados pelos estudantes da escola. Ali próximo, no IMEL (Instituto Médio de Economia de Luanda), neste mês de Março, registou-se um caso de agressão física grave entre os estudantes daquela instituição ao ponto de provocar reflexões sobre o assunto.

Os estudantes estão seguros nas escolas? Que tipos de pessoas se tornaram os nossos filhos? Estas são algumas das questões que suscitaram debate e colocaram em causa o ditado popular segundo o qual a “escola é uma oficina de virtudes e valores”.

Que virtudes e valores estão a ser cultivados no IMIL pelos estudantes? O questionamento vem pelo facto de o director geral desta instituição, Milton Silva, em entrevista ao jornal OPAÍS, ter dito que todos os meses registam algum tipo de violência dentro ou fora do recinto.

Em alguns casos os agressores se vestem como estudantes, mas depois de se aferir os factos constatam que não são. “Os agressores muitas vezes assaltam os nossos alunos e, entre as coisas que recebem, é a bata”, frisou.

Segundo Milton Silva, a instituição que dirige necessita da ajuda da Polícia Nacional, porque de algum modo os agressores têm medo da força policial. Defende que seria útil que se fizesse, de vez em quando, patrulhamento nas imediações.

“A outra preocupação são os

estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. Ainda na semana finda tivemos de convocar dois encarregados de educação, porque os seus educandos foram encontrados a consumir bebidas alcoólicas, ao redor da escola, local onde também é vendido outro tipo de droga, como a liamba”, lamentou.

Para além das chamadas de atenção aos encarregados, o diálogo com os alunos tem sido permanente e procuram preencher os tempos livres com actividades extra-curriculares. Por conta disso, ainda não registaram algum tipo de agressão grave entre alunos ao ponto de serem suspensos.

Patrulhamento de baixa visibilidade precisa-se

Para além dos seguranças que fazem a ronda no interior da escola, há também um agente fixo da Polícia Nacional no portão de entrada do IMIL, tendo em conta que esta escola se encontra no meio de outras instituições públicas e privadas.

A direcção do Makarenco tem pedido às autoridades que mantenham de forma permanente o patrulhamento de forma a desencorajar os actos praticados por pessoas que não fazem parte da instituição, assim como o patrulhamento de baixa visibilidade.

O director disse que a violência tem resultado das acções das comunidades, é um assunto preocupante, mas não se pode ignorar a venda de bebidas alcoólicas ao arredor das escolas.

“A situação já foi reportada em vários encontros com a PN e encarregados de educação, isto porque grande parte dos clientes são adolescentes, e quando os docentes se deparam com um dos estudantes em estado de embriaguês, algum incidente já terá ocorrido”, disse.

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2023-03-30T07:00:00.0000000Z

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