Media Quiosque

Pequim ameaça retaliar se líder de Taiwan se encontrar com chefe da Câmara dos Representantes dos EUA

Ogoverno chinês ameaçou retaliar se a presidente de Taiwan, Tsai Ingwen, se reunir com o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA nesta semana, dizendo que seria uma “provocação”, declarou a porta-voz do Gabinete de Conselho da China para as Relações Exteriores de Taiwan, Zhu Fenglian.

A delegação taiwanesa está em viagem de dez dias para a Guatemala e Belize através dos Estados Unidos. Espera-se que Tsai se encontre com o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, mas não houve confirmação oficial.

“As autoridades de Taiwan constantemente inventam desculpas, usam todas as oportunidades para realizar os seus interesses ‘independentistas’. Essa viagem de trânsito da líder taiwanesa é de facto um acto provocativo, uma busca pela assistência dos EUA para a realização da independência”, disse Zhu Fenglian.

Segundo ela, o “trânsito” de Tsai Ing-wen não vai parar no aeroporto ou no hotel, por estar a procurar desculpas para comunicar-se com vários funcionários dos EUA, membros do Congresso, “para entrar em conluio com forças estrangeiras anti-chinesas”.

“Se ela se encontrar com McCarthy, será outra provocação que viola, seriamente, o princípio Uma Só China, prejudica a soberania e a integridade territorial da China e destrói a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan”, afirmou a porta-voz.

“Nós nos opomos firmemente a isso e, definitivamente, tomaremos medidas para revidar resolutamente”, enfatizou Zhu.

A situação em torno de Taiwan piorou depois que a então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha no início de Agosto. Pequim condenou a viagem de Pelosi, que considerou um gesto de apoio ao independentismo, e lançou exercícios militares em larga escala nas proximidades da ilha.

Apesar disso, vários países, incluindo França, Estados Unidos, Japão e outros, enviaram delegações à ilha, aumentando ainda mais as tensões no estreito de Taiwan.

A liderança chinesa afirma, repetidamente, o seu desejo de reunificação pacífica com Taiwan, mas nunca promete renunciar ao uso da força militar, se necessário. A China reivindica Taiwan, cuja independência nunca reconheceu, sublinhando que elas estão destinadas à reunificação, um dia.

ACTUAL

pt-ao

2023-03-30T07:00:00.0000000Z

2023-03-30T07:00:00.0000000Z

https://mediaquiosque.pressreader.com/article/281883007600571

Media Nova