Ministra termina visita em Benguela e leva uma bagagem “repleta” de problemas de jovens

A ministra da Juventude e Desporto, Palmira Barbosa, auscultou, numa das unidades hoteleiras, em Benguela, jovens de vários estratos sociais, momento aproveitado por aquela camada social para apresentar um quadro “repleto” de necessidades sociais o qual qualifica de bastante preocupante, em que a tónica dominante foi a falta de casa

Na interação com a camada social, à governante foi colocada uma série de preocupações relativas à habitação, sem nunca se perder de vista assuntos como o acesso ao ensino superior, transporte, entre outras situações que apoquentam os jovens.

Nesta perspectiva, Lucas Katimba, presidente do Conselho Provincial da Juventude, coloca o acento tónico na questão de habitação social, fomento ao auto-emprego, embora, neste particular, tenha reconhecido o impacto do Programa de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), um apêndice do Ministério do Trabalho e Empreo e Segurança Social. A Palmira Barbosa os jovens sugerem, igualmente, que se dê maior atenção à promoção do desporto comunitário. Para tal, segundo sublinham, se afigura importante a recuperação de campos em bairros que, em muitos casos, são esblinha. paços públicos destinado à prática desportiva, mas são invadidos pelo betão.

Da mesa onde se encontrava acompanhada da vice-governadora para o sector Político, Social e Económico, a ministra da Juventude e Desporto tomava os apontamentos que se impunham na perspectiva de colocar aquela panóplia de problemas como parte integrante da “bagagem” que leva a Luanda, onde se encontra o Titular do Poder Executivo, no caso João Lourenço, de quem ela é auxiliar.

A titular do sector responsável pela execução de políticas relacionadas com o desporto e a juventude reconheceu, em declarações à imprensa, à saída do encontro, que a principal preocupação apresentada pela juventude prende-se com a habitação social, associada também à falta de material para a prática de desporto.

“Também foi falado relativamente às infra-estruturas que existem aqui, em Benguela, e no Lobito, e também a empregabilidade”, suPalmira Barbosa deixou claro que não levou a Benguela nenhuma espécie de “varinha mágica”, por via da qual se resolverão todos os problemas - tal é a quantidade apresentada, até porque, conforme sublinhou, “não podemos dar certeza daquilo que vamos fazer”. Contudo, assegurou que, depois do périplo que faz pelo país a radiografar o sector sob sua jurisdição, já se poderá atacar este ou aquele problema.

“Para responder a todas a estas perguntas, porque a juventude está ávida em ouvir, então, eles colocaram muitas informações”, disse. A agenda de dois dias da ministra da Juventude e Desporto foi também preenchida com visitas a infra-estruturas de alguns clubes, com destaque para aqueles com equipas na primeira divisão, além de ter radiografado infra-estruturas desportivas nas três centralidades de Benguela, nomeadamente Lobito, Catumbela e Baía-Farta. Segundo apurou OPAÍS, a maioria dos moradores de muitos destes projectos habitacionais reclama, fundamentalmente, o facto de alguns recintos desportivos serem transformados em locais de realização de cultos religiosos, sob o olhar complacente das administrações municipais.

Quando questionada sobre com que impressão é que tinha ficado das infra-estruturas desportivas, Palmira Barbosa diz haver algumas que merecem - de facto uma atenção especial.

“Há alguma preocupação, mas, é o que eu digo, vamos primeiro fazer uma análise. Fazer levantamento daquelas que mais facilmente vamos recuperar. O estádio de Ombaka não está mal, tem algumas coisas aí que têm que ser recuperadas, mas não está mal”, assegurou. De salientar que a acção é circunscrita na primeira visita à província desde que foi nomeada pelo Presidente da República João Lourenço.