ENDIAMA quer lapidar 20 por cento do diamante produzido

Estabeleceu como meta passar a lapidar 20 por cento dos diamantes que produz para criar empregos e riqueza, assegurou, ontem, em Cape Town, o presidente do Conselho de Administração, Ganga Júnior

Em declarações à imprensa, no quadro da participação da ENDIAMA na Conferência Internacional Sobre Mineração em África, Ganga Júnior afirmou que se pretende aumentar a cadeia de valores, pelo que um dos passos passa por incrementar a lapidação para 20 por cento, apesar de actualmente estar abaixo dos 10 por cento.

Ganga Júnior afirmou que já se deram “passos importantes”, fundamentalmente com a construção, em curso, da Refinaria de Ouro, sendo que a etapa seguinte é produzir e vender joalharia em Angola, para se ultrapassar o obstáculo de “produzirmos muito, mas lapidarmos pouco”.

“Temos que trabalhar para aumentar a actividade de lapidação. Precisamos criar empregos, riquezas”, reconheceu, constatando ainda haver necessidade de mais investimentos, fazendo com que novos “playrers” entrem nos investimentos para diversificar a actividade económica.

O presidente do Conselho de Administração da ENDIAMA avançou que estão a trabalhar para levar a Angola investidores que façam a diferença nos diamantes e aumentar a cadeia de valor, atraindo outras empresas com interesse na lapidação.

A ENDIAMA é uma das 12 empresas que representa Angola na Conferência Internacional Sobre Mineração em África “Mining Indaba”, a par de CATOCA, SODIAM, AJ SILVA, Sociedades Mineiras de Chitotolo, Yetwene, Furi e Kaixepa, Geosondas, Minbos Resources, Ozango Minerals Hipermáquinas e Shinning Star.

A Conferência Internacional Sobre Mineração em África, conhecida como Mining Indaba, que já vai na sua 30ª edição, é o maior evento africano de investimentos no sector mineiro e este ano decorre sob lema: “Desbloquear o futuro da Mineração em África”, reunindo mais de seis mil conferencistas.