Interpol confirma “alerta vermelho” para detenção de Isabel dos Santos
A Interpol emitiu um
“alerta vermelho” para que as autoridades localizem e detenham a angolana Isabel dos Santos, confirmou a Reuters, essa Quarta-feira, junto da agência de polícia internacional
O“alerta vermelho” não é um mandato de captura internacional,comochegou a ser avançado pela agência Lusa há duas semanas, mas sim um “pedido às forçaspoliciaisdetodoomundopara localizarem e deterem preventivamente uma pessoa pendente de extradição, entrega ou ações legais semelhantes”. E que este alerta tinha sido emitido a pedido das autoridades angolanas,
A filha do ex-presidente angolano – que tinha, entretanto, afastado a existência de um mandato de captura internacional sobre si – é procurada,segundoodocumentoaque a Lusa teve acesso, por suspeitas de “crimes de peculato, fraude qualificada,participaçãoilegalemnegócios, associação criminosa e tráfico de influência, lavagem de dinheiro”, numa pena máxima de 12 anos de prisão.
O mesmo documento indica também que a angolana costuma estar entre Portugal, Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos.
Entre 2015 e 2017, a Interpol explica que Isabel dos Santos criou mecanismos financeiros “com intenção de obter ganhos financeiros ilícitos e branquear operações criminosas suspeitas”, através de “informação sobre dinheiros públicos do Estado angolano” que conseguiu na qualidade de administradora da petrolífera estatal Sonangol. A angolana terá prejudicado o Estado angolano em mais de 200 milhões de euros. Isabel Santos, em várias entrevistas, diz que está a ser vítima de uma “perseguição política” no país natal.“Nãohádúvidasdequeestamos perante um cenário de perseguição política. Olhando para Angola e para o seu sistema jurídico, é fácil de entender que o Procurador-Geral da República recebe ordens directamentedoPresidenteJoãoLourenço. Acredito que haja uma vingança política e uma perseguição política em relação à minha pessoa e à minha família”, disse essa Terça-feira, em entrevista à CNN Portugal.
Nas últimas semanas, a angolana voltou a estar no meio de uma polémica em Portugal, depois do exgovernador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ter acusado o primeiro-ministro de intromissão política junto do supervisor bancário para defender os interesses de Isabel dos Santos.
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