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SIC com dificuldades para combater o crime

sultados operativos obtidos nos últimos tempos, considerados de positivos, demonstram a participação directa de certas empresas e agentes económicos legais no fomento desta actvidade por serem os principais fornecedores dos derivados de petróleos aos traficantes.

“Há inclusive uma certa tendência de alguns destes elementos suspeitos de legalizarem a sua actividade a coberto de certos postos de abastecimento legalizados que por dificuldades financeiras servemse de intermediários e vão financiando a aquisição destes produtos aos principais distribuidores para serem encaminhados para outros países vizinhos onde à procura é maior e o preço é bastante atraente”, detalhou.

O oficial do SIC, aquém entrevistamos, reconheceu haver dificuldades na “difícil tarefa” de combater o comércio ilegal de combustíveis na província, devido a mudança constante das táticas dos traficantes. Para tal, garante que os órgãos do Ministério do Interior são obrigados a antecipar as acções dos traficantes, razão pela qual “estamos a optar por medidas proactivas.”

Uma das medidas levadas a cabo pela Polícia Nacional tem a ver com o desmantelamento de foco de concentração de combustíveis que servem de ponto de partida para os mercados de venda, bem como o enceramento e a suspensão temporária da venda de combustível por parte de algumas bombas de abastecimento localizadas nas linhas de fronteiras entre a cidade de Cabinda e as comunas de Massábi e Tando-Zinze.

“Esperamos que consigamos identificar internamente esses focos de abastecimento na cidade e prosseguir com as investigações com vista a desmantelar e identificar o destino destes grupos que ainda se dedicam a esta actividade”, frisou. Acrescentou de seguida que “o resto penso que competirá a quem de direito para decidir sobre a política de venda deste produto.”

A título de exemplo, explicou que no troço Bichequete- Massábi, numa extensão de aproximadamente 35 quilómetros, existem dez bombas de abastecimento instaladas, apenas quatro destas têm condições para operar.

Os outros agentes revendedores de petróleo iluminante fazemno em condições impróprias, cujas cisternas estão colocadas no meio das aldeias acarretando um risco às populações.

Segundo a nossa fonte, seis dos dez revendedores estão aglutinados num espaço de dois quilómetros para uma densidade populacional estimada em 6 mil 671 habitantes.

“Massábi possui 15 aldeias e é inconcebível estar a receber mais de 300 mil litros de petróleo por mês. Isso vai criar um superávit que pode alimentar o contrabando”.

No seu ponto de vista, as quantidades fornecidas criam apetência nas pessoas de abrirem bombas naquele corredor para fins inconfessos. “As autoridades competentes devem velar esse aspecto de forma a ajudar a estancar essa tendência”.

Esperamos que consigamos identificar internamente esses focos de abastecimento na cidade e prosseguir com as investigações com vista a desmantelar e identificar o destino destes grupos que ainda se dedicam a esta actividade”

REPORTAGEM

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2022-12-02T08:00:00.0000000Z

2022-12-02T08:00:00.0000000Z

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