Custos ditaram encerramento de agências
Questionado sobre a estratégia na base do encerramento de algumas dependências, Jardel Duarte não fugiu à questão e apontou para a necessidade de garantir a presença territorial em todas as províncias de Angola, “o que foi alcançado com sucesso”.
Entretanto, explicou que houve a necessidade de olhar para a componente de custos para manter uma agência aberta, com a envolvente de negócio em algumas praças. No entanto, em algumas situações incidiu maior o peso sobre as condições de trabalho e atendimento ao público que não estava alinhada à visão do actual Conselho de Administração e com o que a instituição quer trazer ao mercado em breve. Malparado…
Quanto ao malparado que anda nos 50% da carteira de crédito concedido, como aliás referiu numa entrevista recente o PCE do BCI, o administrador Executivo Jardel Duarte diz que a diminuição do mesmo, passa por uma estratégia consubstanciada em acções de proximidade e auscultação de caso a caso para encontrar soluções rápidas e eficazes, colaborando, mas não prejudicando nenhuma das partes. Uma posição que como referiu já está a ser aplicada e tem trazido resultados animadores.
A título de exemplo, apontou, foi lançada recentemente uma Campanha de Recuperação de Crédito, na qual “está disponível um leque de condições que permitem aliviar a pressão sobre juros e capital em divida e que o banco certamente saberá cumprir”.
Assim, o banco está numa fase de diálogo e contactos directos para em conjunto construir soluções válidas e realistas, ciente da necessidade que tem em reduzir este rácio no mais breve espaço de tempo. Sendo que por agora “não vislumbramos outras acções que não estas”.
O interlocutor de OPAÍS deixa claro que o maior desafio deste Conselho de Administração é literalmente tornar “a máquina eficiente”, mas tornar eficiente, não se limita a diminuir pessoal, afinal, apontou, estruturas pesadas, tornam a gestão mais lenta e pouco rentável, daí que além da optimização de quadros, há ainda investimentos necessários na componente digital, formação e de apoio ao cliente que servirão para garantir que a máquina se torne eficiente.
Isto permitirá que a instituição esteja mais ágil à dinâmica, pois o mercado bancário angolano exige cada vez mais dos bancos. No final, explicou, o cliente deverá ser sempre valorizado e terá que testar para que assim seja.
“A percepção de que se tratasse de pressão ou não, é legítima para todas as partes”
ECONOMIA
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2022-12-02T08:00:00.0000000Z
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