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BCI corta subsídios aos funcionários para cumprir exigências do BNA

Quem

Ladislau Francisco Virgilio Pinto

O administrador Executivo do Banco de Comércio e Indústria (BCI), Jardel Duarte, fez essa revelação e recusa o propalado “chumbo” do plano de recapitalização via Grupo Carrinho por parte do Banco Nacional de Angola (BNA), mas “abre o livro” e fala sobre a situação num banco sob pressão.

o diz é o administrador Executivo do Banco de Comércio e Indústria (BCI), Jardel Duarte, que recusa a propalada rejeição do plano de recapitalização via Grupo Carrinho por parte do Banco Nacional de Angola (BNA), mas “abre o livro” e fala ao OPAÍS sobre a situação num banco sob pressão

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Jardel Duarte disse que os cortes de subsídios feitos pelo BCI aos funcionários visou cumprir com os rácios de solvabilidade exigidos pelo BNA e, como regras de boa gestão, alguns sacrifícios tiveram de ser consentido por todos, não na componente da base salarial, mas sim de subsídios.

Com os cortes nos ordenados dos funcionários deste banco, alguns chegaram a enfrentar dificuldades para pagar as contas, ao que o administrador diz ter havido uma colaboração a todos os níveis para que o banco fosse capaz de resistir. Jardel Duarte explica que a administração do BCI herdou um banco com deficiências ao nível de estabilidade e solvabilidade, sendo que o Plano de Recapitalização e Restruturação (PRR) que o Banco está a implementar ajuda a que a instituição apresente uma estabilidade muito maior, sendo expectável que o break even do negócio vs custos de estrutura sejam atingidos já neste mês de Dezembro. Isso permitirá ao BCI sair desta experiência de degradação da sua solvabilidade como aconteceu até bem recentemente, voltando assim a níveis que permitam cumprir com todos os indicadores do BNA e com margem para um crescimento sustentável. O administrador Executivo entende que com este sacrifício “amanhã estaremos em condições para refazer os ajustes salariais que estiverem ao alcance do banco em determinada altura”.

O grupo Carrinho Empreendimentos é o novo dono do BCI, tendo comprado, há cerca de um ano, 100% das acções que o Estado detinha no banco. Com esta operação, o Estado poupou mais de 40 mil milhões de kwanzas.

J ardel Duarte que descreve a volta banca e o desafio que agora enfrenta no BCI como “gratificante”, pela enorme responsabilidade de manter a história de um banco que tem o seu peso institucional e pela oportunidade de o tornar ainda mais activo na vida financeira das famílias e empresas angolanas, olha para a posição do regulador, Banco Nacional de Angola (BNA), como sendo “firme”, adequada ao momento em que estamos mais expostos internacionalmente, e que ajuda a que a nossa economia se torne mais sustentável à vista de investidores tanto nacionais quanto estrangeiros.

Isso permite a que se abram portas para mais empregos e qualidade de vida aos angolanos, portanto, adequada ao momento que o país atravessa. Tanto é que recentemente, aponta, o FMI pela voz do seu representante em Angola reforçou o papel positivo do BNA, “o que nos regozija a todos, prinà cipalmente quando comparada a evolução de Angola face a países vizinhos em momentos de alguma instabilidade económica internacional, tal como a que vivemos nesta fase”.

O BCI é, nesse momento, um banco sob enorme pressão, agudizada com a possibilidade de mais de 300 pessoas virem a ser desvinculadas e, portanto, colocadas no desemprego.

Ao jornal OPAÍS, Jardel Duarte não confirma, também não desmente

Mil milhões de Akz. É o aumento de capital do BCI feito no âmbito do Plano de Recapitalização.

“O Plano de Recapitalização que o Banco está a implementar, ajuda a que a instituição apresente uma estabilidade muito maior, sendo expectável que os custos de estrutura sejam atingidos já neste mês de Dezembro”

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2022-12-02T08:00:00.0000000Z

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