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FAA aposta na capacitação das novas gerações de oficiais

As Forças Armadas de Angola (FAA) encerraram, no último Sábado, um ciclo de palestras que visa dar às novas gerações de oficiais, em fase conclusiva do ensino superior, maior capacitação

João Feliciano

De acordo com o chefe da Direcção Principal de Planeamento e Organização do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, general Adriano Makevela Mackenzie, os órgãos de Educação Patriótica de todos os ramos das FAA consideram os jovens oficiais os próximos dirigentes.

Falando no encerramento do ciclo de palestras sobre o Centenário Natalício de António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, disse que as dúvidas apresentadas nos diferentes encontros de reflexão na Escola Superior de Guerra demonstram a necessidade de apostar cada vez mais na capacitação dos jovens oficiais.

Para o chefe de Planeamento e Organização das Forças Armadas Angolanas, as acções de capacitação deverão incidir não só na cultura geral como, também, na especialização nas diferentes matérias com realce para Armamento e Serviços das FAA.

Ao longo da intervenção, apelou aos sargentos, cadetes, praças e jovens para procurarem todos os dias por oportunidades desta natureza, com abordagens sobre a vida e obra de Agostinho Neto, dado o exemplo de bravudemonstrado para o alcance da Independência de Angola.

Por outro lado, defendeu a contínua preservação do pensamento político e estratégico do primeiro Presidente do país nos estabelecimentos de ensino normal e militar, por ser uma figura transversal e monumento da Nação.

Noutro painel, dissertou-se a “dimensão política e cultural de António Agostinho Neto”, tendo sido evidenciados aspectos familiares e patrióticos, que transformaram o antigo estadista em Fundador da Nação.

Como médico, destacou-se que Neto era profundamente humano, poeta invulgar que soube lapidar as palavras, exímio político, estadista de craveira universal, Comandante em Chefe das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola e estratega refinado.

Participaram nas palestras o secretário provincial do Conselho Nacional da Juventude, Alberto Dala, oficiais generais, subalternos, sargentos, praças e trabalhadores civis dos três ramos das Forças Armadas Angolanas.

De olhos para o futuro

O ciclo de palestras, em alusão ao Centenário Natalício do Herói Nacional, António Agostinho Neto, primeiro Presidente da República, encerrou, ontem, no Monumento Histórico da Batalha do Kifangondo, no município de Cacuaco, em Luanda.

Sob o lema “Angolanos de mãos dadas para o Futuro”, a cerimónia de encerramento contou com prelectores militares que dissertaram sobre a vida e obra do considerado expoente máximo da luta pela Independência Nacional.

Na ocasião, o professor de História Militar na Escola Superior de Guerra do Estado Maior-General das Forças Armadas, Simeão Francisco, destacou a importância do acto para o povo angolano, por se tratar de um homem que, ao longo da sua vida, se comprometeu profundamente com a libertação total do homem angolano, em particular, e do africano, no geral.

O também brigadeiro na reserva sublinhou que falar de Agostinho Neto é abordar um médico, um patriota, um poeta, homem da cultura, um humanista, um estadista que a nível da comunidade internacional sempre se manifestou contra a exploração colonial e a favor do processo de transição política em Angola.

“O Dr. António Agostinho Neto trabalhou com o afinco que nós precisávamos na altura para nos libertar do colonialismo. Pedimos a paz e nos concederam, e hoje conseguimos falar livremente na nossa própria terra, sem qualquer preconceito racial nem tribal”, referiu.

Por seu turno, um dos sobreviventes do “Processo dos 50”, o veterano político Diogo Ventura, lembrou o slogan segundo o qual “O mais importante é resolver os problemas do povo”, do Fundador da Nação, como uma lição que Agostinho Neto deixou às novas gerações como forma de olhar primeiro e sempre para o povo.

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2022-10-03T07:00:00.0000000Z

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