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Gerente do BPC nega envolvimento em desfalque de mais de kz 2 mil milhões

A gerente do Banco de Poupança e Crédito (BPC) em Cangandala, Elizabeth Brigith Fernandes da Cruz, nega estar envolvida num esquema que provocou o desfalque de mais de 2 mil milhões de kwanzas nesta instituição, localizada na província de Malanje.

O advogado, Manuel da Silva, esclarece, em nota enviada ao Jornal OPAÍS, que na data dos factos, que resultaram na constituição do processo n.º 2208/20, a sua constituinte não exercia as funções de gerente, contrariamente ao que anunciou o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Manuel Halaiwa, noutra ocasião.

Para fazer prova disso, apresentou o Despacho n.º 49/2022, de 06 de Julho, que atesta a sua nomeação e sustenta a tese de que não tinha quaisquer competências na altura para autorizar e/ou praticar actos relacionados a este processo. Deste modo, esclarece que a informaçãoprestadapelooficialsuperior do SIC, segundo a qual, Elizabeth da Cruz integra um grupo de três funcionárias do BPC que se encontram detidas por desfalque da soma monetária acima mencionada, não condiz com a verdade dos factos. O causídico esclarece que o processo se encontra em fase de instrução preparatória no Gabinete Provincial de Combate à Corrupção e Crimes Conexos, da Procuradoria-Geral da República. No processo em causa, se investigam factos envolvendo funcionários do banco BPC em Malanje. “Porém, os factos e elementos deste processo, em fase de instrução preparatória, constituem matéria sujeita a segredo de justiça nos termos do Código do Processo Penal e da Lei da Imprensa, pelo que não podem pessoas singulares ou colectivas fazer sobre eles quaisquer pronunciamentos”, diz Manuel da Silva. Reagindo a uma matéria a respeito deste assunto divulgada por este jornal, na edição de 17 de Agosto, tendo como base uma informação prestada pelo SIC, o advogado esclarece que Elizabeth da Cruz não foi constituída arguida ou detida nem acusada de saque ao BPC. “Nos autos, em curso junto da PGR, foi-lhe sim arrolada, para na qualidade de actual gestora do balcão Cangandala, onde à data dos factos ocorreu a abertura das contas em 2014, para colaborar com as autoridades responsáveis pela instrução do processo”, frisou. Acrescentou de seguida que “nas investigações sobre os factos carreados nos autos, de acordo com os depoimentos dos arguidos no processo”. Manuel da Silva esclarece que a referência da notícia divulgada por este jornal afectou profundamente, a honra, o bom nome, a reputação e imagem da sua constituinte, por não corresponder aos factos. “Recordamos-lhe que um relatório de uma autoridade policial – SIC – ou simples imagem captada do balcão BPC, não é, por si só, qualquer prova seja do que for, muito menos culpa, pois, não é assim que se informa o público sobre factos”, diz.

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2022-10-03T07:00:00.0000000Z

2022-10-03T07:00:00.0000000Z

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