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CRESCIMENTO, ‘VARINHA MÁGICA’

MARIANO QUISSOLA Subdirector

Agostoéomêsdo“fechaeabre”.encerra umciclopolíticoeabre-seooutro,por via da realização de eleições gerais. A nova legislatura, 2022-2027, já está em marcha, depois da recondução dos órgãos que vão auxiliar o titular do poder Executivo. Desafiosmacroeconómicoséotemacentraldestaedição, razãoporquereunimos14especialistasdediferentesáreas dosaberparaidentificarospontosdeestrangulamentosao desenvolvimentodopaíseindicarospossíveiscaminhospara osonhadomilagreeconómicodequeosangolanosanseiam. Aconquistadaestabilizaçãomacroeconómica,definidanaúltimalegislaturaequeterácontinuidade no actual ciclo governativo só tem um factor determinante para que ela corra: o crescimento económico. O crescimento económico é a única ‘varinha mágica’ possível para que toda e qualquer meta de políticapúblicaseconcretize,poisésóporestaviaqueoestímuloàeconomiaocorre,sóporesta via se consegue conter o excesso de inflação. Eainda:ésópelomesmofactorqueapolíticafiscal,importanteinstrumentoparaoaquecimento ouarrefecimentodaactividadeeconómica,podeguiaraeconomiaatravésdosgastosdogoverno e gerar riqueza. Os 14 dizem também que um dos principais desafios desta legislatura está ligado ao cenário sombrio das economias que mandam no mundo, razão por que eventuais choques sistémicos seafiguraminevitáveis,frutodavulnerabilidadedaeconomianacionaleasuadependêncianuma commodity volátil e cujo preço o país não influencia nem controla. Voltemos ao que concebemos aqui como a ‘varinha mágica’ - O crescimento. Considerando que o crescimento económico só ocorre quando há um aumento na produção e consumo de produtos e serviços de todos os sectores da economia, desponta-se aqui mais um desafio sobejamente conhecido. Este desafio obriga a que os fazedores de políticas públicas mantenham na pauta o histórico tema ‘Diversificação Económica’, iniciado em 1975, sob a chancela do Presidente Agostinho Neto, com a célebre frase, “a Agricultura é a base, a Indústria o factor decisivo”, reconhecendo que passados cerca de 47 anos, o petróleo e os diamantes juntos representam mais de 99% das exportações angolanas. Como compreender o fenómeno dos agricultores familiares que, apesar de produzirem com catanaseenxadas,sãoresponsáveispelosmilagrosos90%detodaaproduçãoagrícoladopaís? Portanto, se o aumento da produção não for transversal, o crescimento económico não chega.

Passados cerca de 47 anos, o petróleo e os diamantes juntos representam mais de 99% das exportações angolanas

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2022-10-10T07:00:00.0000000Z

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