PLATAFORMAS DIGITAIS E A MOBILIZAÇÃO POLÍTICA EM ANGOLA E NO ZIMBABWE

As plaformas digitais têm ganho espaço no mundo contemporâneo. Elas tornaram-se espaço alternativo de interacção social, papel que apenas era responsabilidade de instituições sociais centralizada numa burocracia estatal. Com efeito, as Plataformas digitais têm dado aos cidadãos a oportunidade de interacção social totalmente descentralizada, a partir do qual conectados por um mesmo objectivo, cidadãos partilham experiêncis. A nossa comunicação visa analisar como esta nova tendência global tem ocorrido na realidade angolana e zimbabweana. Privilegiando uma metodologia do tipo mista, procuramos demonstrar como as Plataformas digitais têm estado na vanguarda da mobilização política em Angola e no Zimbabwe. Para tal, a nossa comunicação estará em volta de três questões fundamentais: primeiro, como cidadãos estão a usar as plataformas digitais em Angola e no Zimbabwe? Segundo, qual tem sido o posicionamento dos dois governos diante desta realidade? Terceiro, o que as Plataformas digitais estão a criar nestes dois países? A primeira resposta sugere que as plataformas digitais estão a facilitar a conexão entre amigos, familiares e organizações sociais, tarefas que anteriormente estavam ao serviço dos telemóveis tradicionais que eram mais caros. Em segundo, a resposta aponta numa direcção linear: os dois países estão minimamente engajados em controlar o espaço digital como resposta à mobilização política que tem emergido dela. Por último, as plataformas digitais estão a facilitar a comunicação em grande escala, em que grupos mais alargados podem manter contactos ao mesmo tempo e de forma mais barata. Uma vez que as instituições tradicionais se tornaram em espaço de censuras, as plataformas digitais, como redes sociais: Facebook, Whatsapp, Blogue e canais Youtube entre outros, tornaram-se no espaço privilegiado de activismo social e político que permite que cidadãos denunciem infracções, manifestem opiniões, mobilizem protestos e escrutinem os governos.