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Valdira Kaizer troca andebol pelo fisiculturismo e é “campeã”

Texto : MÁRIO SILVA Fotos : PEDRO NICODEMOS & JACINTO FIGUEIREDO

Em entrevista à revista Chiola, Valdira Kaizer, 31 anos, bi-campeã nacional e campeã africana de fisiculturismo na categoria de ‘wellness’ (bem-estar), revelou os motivos que a levaram a trocar o andebol pelo fisiculturismo. A atleta, com passagem pela equipa sénior feminina de andebol da Casa Pessoal do Porto do Lobito, revelou por outro lado, que a falta de apoios condiciona o desenvolvimento da modalidade

Aatleta profissional de fisiculturismo, na categoria de ‘wellness’ (bem-estar), Valdira Kaizer, nasceu no dia 13 de Junho de 1991, no bairro da Fronteira e cresceu no bairro dos Navegantes, na província de Benguela. Actualmente, a jovem fisiculturista vive no bairro Cassenda, distrito urbano da Maianga, em Luanda.

Valdira Kaizer começou a jogar andebol, aos 11 anos, no 1º de Maio de Benguela por incentivo do seu pai Kaizer, antigo jogador de futebol do Sporting de Benguela, na década de 80. Durante doze anos, período em que praticou o desporto dos ‘sete metros’, Valdira Kaizer teve passagem pela equipa sénior feminina de andebol da Académica do Lobito, Marítimo de Benguela e Casa Pessoal do Porto do Lobito, nesta última equipa, terminou a carreira por conta de uma lesão nos joelhos.

A vestimenta para todas as provas é o biquíni de duas peças, que deve cobrir no mínimo um terço do glúteo, músculos que se localizam logo acima da coxa e abaixo da cintura, na porção posterior de um ser humano, e toda a virilha”

Depoisdeterdeixadodejogarandebol,devidoàlesão,ouseja, enfraquecimentonosligamentos,anossainterlocutoracontouquesedeslocouà provínciadeLuandaparasertratada por um fisioterapeuta. Na sequência da consulta, o fisioterapeuta sugeriu-lhe a procurar um ginásio para fazer exercícios físicos para fortalecer os joelhos. Porestemotivo,ValdiraKaizerrealizavaostreinosnumginásio,localizadonodistritourbanodaMaianga, nacapitalangolana,soborientação médica do seu fisioterapeuta. Mas, aospoucos,começouaganharpaixão pelo fisiculturismo. Valdira Kaizer revelou, por outro lado, que a paixão por esta modalidade era, apenas, para ter uma excelente forma física e não para competir profissionalmente. “Um amigo disse-me que tinha

estrutura para competir de forma profissional.Emprincípio,nãoaceitei.Porquepensavaquedeviaficar muitomusculosaeteraparênciade umhomem,ouseja,eraoentendimento que tive inicialmente. Mas, omeuamigoexplicou-mequepassosseguirparaserumafisiculturista

explicou.

“Foi difícil convencer o meu pai”

Valdira Kaizer lembrou que quando decidiu abraçar esse desporto teve sempre o apoio da sua mãe. Já o pai era contra. Afirmou de igual modo à Chiola que foi obrigada a explicar ao seu pai como funciona o fisiculturismo, de modo a convencê-lo a aceitar e o processo fluiu, tendo este acabado por admitir. “A minha categoria ‘wellness’ (bem-estar) é voltada para mulheres que desenvolvem o corpo para alcançar um padrão de baixa gordura e medidas proporcionais, com curvas e traços femininos”, explicou, tendo acrescentado que a ideia é cuidar do corpo sem exageros, mantendo uma silhueta com cintura fina e os membros inferiores levemente desproporcionais em relação ao tronco.

Categoria

Para ter sucesso na categoria de ‘wellness’, Valdira Kaizer assegurou que é fundamental uma dieta e treinos regulares. Igualmente, sublinhou que é necessário se atentar a diversos critérios, como beleza facial, maquiagem, cabelo e preservação da feminilidade. “Avestimentaparatodasasprovas é o biquíni de duas peças, que deve cobrir no mínimo um terço do glúteo,músculosqueselocalizamlogo acimadacoxaeabaixodacintura,na porçãoposteriordeumserhumano, e toda a virilha. Além disso, saltos altosàalturade10milímetros(mm) na frente e 120 mm atrás. Não são permitidossaltoscomplataforma”, descreveu.

Durante a prova, Valdira Kaisemperderafeminilidadeeaceitei”,

zer explicou que as concorrentes entram no palco em grupos de até cinco, normalmente, e realizam o quarto de voltas, que é uma pose com o perfil esquerdo, uma pose de costas, uma pose com o perfil direito e uma pose de frente.

“Fisiculturismo ainda é tabu em Angola”

A bi-campeã nacional e campeã africana na categoria de ‘wellness’ (bem-estar),ValdiraKaizer,lamentou ofactodeofisiculturismoser,ainda, “tabu”nopaís,tendoacrescentado queamodalidadecarecedeapoios. Valdira Kaizer salientou que as pessoas estão a conhecer agora o fisiculturismo. Apesar disso, defende que é imperioso ser mais divulgado nos órgãos de comunicação social. “Infelizmente, não tenho recebido apoio do Governo quando vou disputar uma prova internacional”, desabafou. Ainda assim, a atleta mantém o foco em levantar bem alto as cores da bandeira nacional.

A fisiculturista garantiu que, por conta desta modalidade, tem conseguido pagar as despesas correntes: “Tenho feito publicidades de várias marcas, sobretudo desportivas”, aditou. ValdiraKaizerédeopiniãoqueofisiculturismonãoimpedeamaternidade.“Porexemplo:quandodecidirter filhotereideparar,depoisdeumano vouvoltarapraticarfisiculturismo, tão simples assim”, apontou.

Desafios

Valdira Kaizer, atleta profissional na categoria de ‘wellness’ há

seis anos, tem como objectivo no mundo do fisiculturismo chegar para o ‘Mr Olympia’, maior competição a nível mundial.

A atleta, que tem uma equipa formada por nutricionista, médico, fisioterapeuta e preparador físico, avançou que já começou com os trabalhos de preparação, visando o torneio internacional de Espanha, a disputar-se em Setembro próximo. “Estou a trabalhar arduamente, de segunda-feiraasábado,durante45 minutos,paraconseguirtrazerpara o país a medalha de ouro. Sei que a tarefa não será fácil, porque vão estarpresentesboasconcorrentes”, afirmou,tendoacrescentadoqueem Novembrovaicompetirnumoutro torneio em Portugal. Valdira Kaizer, de 31 anos, revelou que não sabe com que idade vai deixar de praticar fisiculturismo. “Não posso estipular uma determinada data, depois não conseguir cumprir”, fechou-se em “copas”.

ouvimos dizer que para estarmos bem-vestidos precisamos usar a marca X ou Y e/ou vestirmos como a figura Z.

Por isso, eu afirmo que: “quando há ausência de autoconhecimento, de informação verdadeira e de fontes fidedignas, ficamos alienados a verdades maquilhadas, a padrões efémeros e fugazes da pressão social da indústria da moda”.

Falo nisso, porque a maior verdade nunca antes contada, ou seja, escondida de muitos é que “todas as roupas têm marca”, exactamente isso, você não leu errado, todas as roupas/acessórios têm marca. Não importa se foram compradas “na zunga, no fardo, no armazém, na boutique, compradas em França, Brasil ou na Turquia”.Todas possuem marca. A diferença é que uma é mais famosa, cara e importante do que outra, em função da qualidade do material utilizado, durabilidade das peças, corte e acabamento impecável, experiência e reputação do estilista, sua presença e consistência no mercado e do DNA da Marca. Em suma, “vestir bem”, como é dito, não está relacionado com a MARCA, preço nem a origem da roupa. Mas sim, em saber coordenar roupa, modelagem e cor, de forma que possa realçar as suas linhas corporais e valorizá-las, usar como reflexo da sua pessoalidade, falar uma língua coerente e revelar o seu estilo. Deve, também, representar bem a informação da mensagem, da forma como almeja se comunicar por meio da roupa diariamente e de bónus, espelhar auto-confiança, amor-próprio e auto-valorização. Pense nisso na próxima vez que for vestir.

CAPA

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