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Café e disfunção eréctil

ADÍLIA CORDEIRO* * Nutricionista

Segundo um estudo da Universidade do Texas, o consumo diário de café reduz a probabilidade de homens desenvolverem disfunção erétcil. Tem circulado pelas redes socias que o café pode aumentar o prazer sexual, e inclusive melhorar a performance masculina, potenciando a função eréctil. Assim afirmam vários casais, que depois de tomarem café, os momentos de prazer tornam-se ainda mais intensos e prolongados. Mas será verdade? O que nos diz a ciência sobre este assunto?

Bem, o que a ciência nos diz, é que o café, por ser um vasodilatador, ou seja, pelo facto de ajudar o sangue a circular melhor no interior dos vasos, pode explicar o facto de alguns homens terem um melhor desempenho sexual, após tomarem café. Uma das causas desta disfunção está directamente relacionada com a circulação inadequada na região genital, e se o café tem a capacidade de melhorar a circulação sanguínea, então a resposta pode estar aqui. Pese embora sejam necessários mais estudos para comprovar esta afirmação, a verdade é que há imensos relatos de pessoas que usufruíram destes benefícios e que momentos antes do prazer, não dispensam um bom cafezinho. Um estudo desenvolvido pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos da América, divulgado no jornal científico “Plos One”, feito com mais de 3,7 mil homens de mais de 20 anos, constatou que os que bebiam de dois a três cafés (85 a 170 miligramas de cafeína) por dia reduziam o risco de terem impotência sexual. O estudo constatou que 42% dos que bebiam essa quantidade de café diariamente eram menos propensos a relatar problemas de disfunção eréctil que os que não bebiam. A constatação também foi válida para homens acima do peso, obesos ou com problemas de tensão alta. Por isso digo sempre que, de todas as bebidas que existem no mercado, com excepção da água e a par do leite, o café é, sem sombra de dúvidas, a melhor escolha para a saúde. Fonte: Role of Caffeine Intake on Erectile Dysfunction in US Men: Results from NHANES 2001-2004 David S. Lopez1,2*, Run Wang2, Konstantinos K. Tsilidis3, Huirong Zhu1, Carrie R. Daniel4, Arup Sinha5, Steven Canfield2 1 Division of Epidemiology, Human Genetics and Environmental Sciences, University of Texas- Houston School of Public Health, Houston, TX, United States of America, 2 Division of Urology, University of Texas- Houston Medical School, Houston, TX, United States of America, 3 Department of Hygiene and Epidemiology, University of Ioannina School of Medicine, Ioannina, Greece, 4 Department of Epidemiology, University of Texas- MD Anderson Cancer Center, Houston, TX, United States of America, 5 Division of Biostatistics, University of Texas- Houston School of Public Health, Houston, TX, United States of America

https://journals.plos.org/plosone/article/file?id=10.1371/journal. pone.0123547&type=printable

OPINÃO

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2022-07-01T07:00:00.0000000Z

2022-07-01T07:00:00.0000000Z

https://mediaquiosque.pressreader.com/article/282454237727965

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