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Londrina Kelly opta por não falar sobre o fim do seu relacionamento amoroso

Texto : PATRÍCIA DE OLIVEIRA Fotos : CARLOS MOCO

A influenciadora digital Kellyne Silva, conhecida como Londrina Kelly, evitou falar sobre o fim do relacionamento amoroso que mantinha com o rapper Deksz James, depois de uma suposta publicação que circulou nas redes sociais, de autoria dele. No entanto, uma semana antes desta notícia, Londrina contou à revista Chiola, que o vazamento do vídeo íntimo não tinha sido surpresa para o então namorado. Siga a os trechos da entrevista em que faz outras revelações do seu percurso que sai da Internet à televisão convencional

Quando é que ganhou o interesse em aparecer nas redes sociais? Comecei aparecer nas redes sociais aos 17 anos de idade, inicialmente quando era convidada para participar do programa do “Sexto Sentido”, da TV Zimbo, em alguns debates e também no então programa Tchilar. Outras vezes, era convidada para falar sobre animais e levava as minhas cobras de estimação. Sempre fui muito comunicativa, e as pessoas aconselhavam-me a ter mais contacto com as câmaras televisivas porque levava jeito.

Quando decidiu ser influenciadora digital?

Foi em finais de 2018, após me juntar com o músico Puto Prata, decidimos criar a música intitulada um “Jiga”, no estilo Kuduro e afrohause, e fui lançada ao mercado como cantora. Na altura, actuei no cine Atlântico, lembro-me que foi a primeira vez que estive no cine Atlântico, foi uma experiência muito engraçada e estratégica de marketing. A partir daí o público começou a conhecer a Londrina Kelly.

Como é que tudo começa?

Queria entrar no mundo televisivo para trabalhar com comunicação na apresentação de algum programa. Infelizmente, por circunstâncias do tempo, não houve conexão. No entanto, como nunca fui uma pessoa dependente, continuei a trabalhar durante três anos e cheguei à influenciadora digital, trabalhando sempre sozinha.

As redes sociais levaram-na à televisão convencional. Fala-nos sobre o novo projecto que abraçou?

O projecto tem a ver com a série “Guest House”, que é um conteúdo cómico, foi escrita pelos realizadores Hélder Filipe e a Renata Torres da DSTV, tem sido uma experiência positiva, pelo facto de nunca ter pensado em contracenar ou ser actriz. Apesar de não considerar algo novo

porque faço vídeos na Internet. A diferença é que na televisão os conteúdos quem escreve é o realizador e tens de seguir instruções, enquanto na Internet a tarefa é sua.

Qual é o seu personagem?

Faço o papel de actriz principal, a Kiki, na série “Guest House”, que está no ar há mais de um mês e passa no canal “Kwenda Magic”, posição 502, da plataforma DSTV, aos sábados a partir das 20 horas e 30 minutos e tem reposição domingo, às 9 horas.

Qual será o tempo de duração da série?

A série tem duas temporadas. Neste momento, estamos a gravar a segunda temporada.

Além da televisão, a Londrina terá traçado outros planos, como por exemplo ligado à capacitação nestas áreas?

Ainda não acabei a formação. Sempre sonhei em trabalhar com animais e com a Mídia. Sou polivalente e sempre faço várias coisas, por exemplo, neste momento, trabalho com animais, trabalho no Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, trabalho como digital influencer e com automóveis.

Como tem sido conciliar todas essas tarefas aliada à família?

A minha mãe sempre deixou-me livre, mas com limites porque ela é muito rígida. Embora seja liberal, ao mesmo tempo é exigente, mas sempre dá-me força no que toca ao trabalho. Por outro lado, aconselha-me a ser independente para zelar pelo futuro, ajudar os meus irmãos e a criar o meu império, que não deixa de ter razão. Então, enquanto isso, sinto-me capacitada para trabalhar em diversos ofícios e aproveito ganhar o meu dinheiro e comprar as minhas coisas.

É a mais velha dos seus irmãos?

Sim, tenho quatro irmãos. O meu irmão Cláudio é o que aparece muito nos meus vídeos, já os outros dois são mais pequenos.

“Kwenda Magic”, posição 502, da plataforma DSTV, aos sábados a partir das 20 horas e 30 minutos e tem reposição domingo, às 9 horas

Qual tem sido o feedback na interacção que tem com o público nas redes sociais?

Como pessoa é sempre positiva porque vou para a internet para espalhar felicidade, comentar determinados tópicos com humor, acredito que não há necessidade de levar assuntos tão sérios. Uma pitada de humor dá sempre aquela quebra de tensões. Gosto de levantar tópicos sérios, rir com os seguidores, ouvir as opiniões, aconselhar de maneira simples porque me considero uma pessoa simples.

Esse “mundo” traz muito conhecimento e muitos amigos?

Não sou uma pessoa de muitos amigos. Digo sempre que o facto de estar do outro lado e a fazer rir ou dizer coisas boas não significa que as pessoas sejam suas amigas. Muitas vezes as pessoas podem até apoiar-te, mas nem sempre te querem bem. Não sou de muitas amizades, os meus amigos contam-se, são dois ou três e os restantes são conhecidos.

O que consideras positivo nos influenciadores digitais?

Como tudo na vida tem o lado positivo e o negativo. O positivo é o apoio que recebemos das pessoas, enquanto o negativo são as críticas. Nas redes sociais nem tudo é um mar de rosas, nem sempre recebemos elogios, as críticas surgem a torta e a direita, tens as difamações e acabas por te acostumar com essa vida.

Como tem sido a sua relação com os outros influenciadores digitais? Há interacção, comunicação, concorrência, ciúmes ou nem por isso?

Não tenho afinidade com muitos digitais influences, conheço alguns e temos uma boa relação. Não tenho problemas com ninguém, se não quiserem falar comigo é problema deles; algumas vezes dás conta que a pessoa não gostou de ti pelo olhar, mas a vida segue.

Qual é a sua pitada para manter e atrair novos seguidores?

É preciso ter criatividade e imaginação. Comecei a fazer conteúdos que ninguém fazia, optar pela originalidade, com ideias próprias, e gosto de evoluir. Comecei a imitar as mães angolanas em determinadas situações, fiz algumas dublagens, mas desisti. Posteriormente comecei a fazer os meus minivídeos cómicos de diferentes personagens, de repente várias pessoas começaram a imitar. Agora estou a pensar em novos conteúdos.

Quais os seus personagens mais conhecidos?

Os meus personagens mais conhecidos são, o tio Eduardo, Yapapi, Vadopi, Mama Joli, Mafuta, e outros.

São mais personagens masculinos por alguma razão em particular?

Os homens conseguem ser muitas vezes sem noção. Penso que imitar as mulheres fica muito monótono, acredito que é mais fácil um homem imitar uma mulher e vice-versa, tem mais graça.

Há cada vez mais o surgimento de influenciadores digitais, acha que é a febre o momento ou reconhece o dom em algumas pessoas?

Pessoas na internet sempre há-de aparecer. A questão é se conseguem sustentar os conteúdos porque não é fácil. Manter os seguidores carece de alguma estratégia. O mesmo acontece com os cantores “pastilhas”, ou seja, lançaram uma música que bateu, e depois têm que lançar outra música boa.

Como é o seu dia-a-dia?

Depois de acordar, trato da minha higiene, trato dos meus bichos, limpo o local em que ficam porque senão a minha mãe não me deixa em paz. Acredito que quando se tem animais em casa é preciso ter regras. Pela manhã começo a trocar as fraldas dos macacos, dou a comida, cuido dos cães e ajudo a limpar a casa.

Quais são os teus animais preferidos e quantos são?

O meu animal preferido é a cobra. Tenho vários animais de estimação, nomeante quatro chinchillas, três cães, dois macacos, duas cobras e pássaros.

Quanto gastas para alimentar os animais?

As cobras são as que menos gastam. Já para os cães é preciso comprar ração, medicamento para as carraças, comprimidos e o feno. Às vezes faço uma compra única para não gastar muito, normalmente posso gastar de 150 a 200 mil kwanzas mensais para alimentar os animais. Como sou uma pessoa prevenida, compro em grandes quantidades e armazeno para evitar a escassez.

Por outro lado, recentemente, vazou um vídeo íntimo seu, sendo uma situação que já havia sido ultrapassada e voltou à ribalta qual foi o seu sentimento?

Não é que já tinha ultrapassado. A pessoa fica sempre com um pé atrás porque a qualquer momento poderia voltar aparecer e foi o que aconteceu. Acredito que a pessoa que voltou a partilhar o vídeo estava à espera que tivesse num bom momento para estragar-me a vida. Mas, senti-me aliviada, como já disse algumas vezes, por não ter mais nada atrás das costas. Tirando isso, as pessoas não conseguem apontar-me o dedo por outra coisa que tenha feito porque não tenho um cadastro pesado para ser apontado.

De que pessoas sentiu e teve apoio?

Tive o apoio da minha mãe, do meu irmão, dois amigos, familiares que apoiaram e posteriormente falaram mal, que

não faz sentido, do meu antigo namorado. Algumas pessoas que supostamente eram amigos começaram a apontar o dedo, nestes momentos, é que vês quem é quem e aí começas a cortar a amizade.

O que achou da atitude do Deksz James? Por norma, os homens (parceiros) não entendem e são os primeiros a criticar e chegam mesmo a terminar a relação?

Antes de começar a namorar com ele éramos amigos. Começamos a conversar sobre vários assuntos e expliquei detalhadamente o que sucedeu. Não foi surpresa para ele porque eu já o tinha explicado. Caso não tivesse dito nada, aí sim, seria um problema e não estaríamos juntos. Expliquei, mostrei o vídeo e ele viu que sou sincera e compreendeu.

Faz ideia de como o vídeo terá ido parar às mãos de terceiros?

O vídeo estava no computador no meu serviço e alguém usou o computador e enviou para quatro

A minha filosofia de vida, desde muito jovem, é nunca deixar que outros nos digam o que podemos ser, até onde podemos ou não evoluir”

pessoas. Na época, estava em Portugal.

Acha que essa loucura entre casais de deixarem fazer tudo quando estão apaixonados deve ser repensado ou as pessoas têm mesmo de aproveitar?

Hoje em dia com o que aconteceu comigo, acredito que mesmo que estejas apaixonada quando decides fazer algo por impulso, têm de repensar, porque as consequências só vêm depois, infelizmente.

Que conselhos deixa às pessoas que passaram pela mesma situação?

Muitas pessoas são obrigadas, outras são ameaçadas pelos namorados. Mas quem fizer depois deve apagar para evitar que caia em mãos erradas. As pessoas são maliciosas e todo o cuidado é pouco.

Quais são as suas ambições?

Gostaria de apresentar um programa televisivo divertido, com dinâmica e gerir o meu próprio negócio, que pretendo abrir futuramente. Gostaria de continuar a trabalhar com a Mídea e ter um espaço na televisão.

Que passos têm sido feitos para concretizar esse desejo de ir para a televisão?

Não tenho feito testes, algumas

vezes sou convidada para apresentar eventos, alguns dos quais de grande dimensão, e interajo muito bem, não fico nervosa, é necessário ter controlo linguístico. Já estive à frente de cinco mil pessoas, não fiquei nervosa e correu tudo bem.

Qual é a sua virtude?

Simplicidade e facilidade de lidar com as pessoas. Não tenho muita burocracia. Para mim ou é ou não é, acho que facilita a interacção com todo o tipo de pessoas. Sou muito sincera e algumas vezes a minha boca me condena (risos), porque não sou uma pessoa com muitos filtros e não consigo ser falsa.

Defeitos?

Rabugenta, exigente, impaciente, estressada. Comida favorita Arroz de caril.

Vaidosa?

Quando quero, a minha prioridade é cheirar bem. A vaidade começa na higiene e depois passa para a roupa, sou muito despongada, gosto de estar confortável.

Escrava da maquiagem?

Nem tanto, estou com alergias mesmo por causa da maquiagem, gosto mas não sou obcecada.

Gosta da noite ou de dançar?

Não sou muito da noite e não sei dançar.

Quando pensa em formar família?

Ainda não é o meu foco. Deixo para as outras pessoas que acham que casamento é prioridade, o meu foco é trabalhar se calhar aos 40 anos, ainda não sei.

Passatempo?

Em casa. Gosto de assistir filmes, documentários. Às vezes gosto de ir à Barra do Kwanza apreciar a natureza e a vegetação.

Além de Angola, tem experiência de ter vivido em outro país? Já vivi em Portugal, e posteriormente fomos para a Espanha durante muito tempo, até regressar para Angola.

FAMA

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