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APOSTA EM ENERGIA SOLAR

USD 4,4 MIL MILHÕES PARA ATACAR A SECA

O ministro da Energia e Águas referiu, também, que o país tem dado passos significativos na utilização e aposta num recurso natural que o país dispõe em abundância, e de baixo custo, que é o sol.

“Angola tem um elevado potencial de recurso solar, com uma radiação global em plano horizontal anual médio compreendida entre 1370 e 2100 kwh/m2/ ano”, disse, sublinhando que com base nesse recurso, o Atlas e Estratégia Nacional para as Energias Renováveis de Angola, previu a possibilidade de instalação de uma capacidade de produção em parques solares estimado em 55.000 MW, quase 10 vezes mais que toda capacidade de produção actualmente instalada no País, usando todas as fontes.

Ademais, asseverou que o Presidente da República, João Lourenço, assumiu na Cimeira do Clima, realizada em Glasgow, no passado, o compromisso de Angola atingir os 72% de contribuição de fontes limpas na matriz energética até 2025.

Este desafio, acrescentou, pressupõe continuar a desenvolver a estratégia de segurança energética, e a assegurar a construção de empreendimentos com novas fontes de produção de energias renováveis não convencionais, como são os casos das energias solar, eólica e biomassa, havendo já alguns projectos em curso nas diferentes regiões do país.

“A nossa estimativa é que essa energia eléctrica, beneficie cerca de 1.200.000 famílias e cerca de 6.200.000 de habitantes, para além de reduzir os gastos da população e dos órgãos de administração pública local na utilização de pequenos e grandes geradores, servirá para impulsionar actividades em diferentes domínios, que vão desde a educação, saúde ao exercício de actividades comerciais”, explicou.

João Baptista Borges fez ainda menção que na sequência das orientações do Titular do Poder Executivo, foi elaborado o Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA), com uma duração de execução prevista de 74 meses, um orçamento de 4,5 mil milhões de dólares e uma abrangência que compreende as províncias do Cunene, Namibe e Huíla. “A primeira prioridade foi dada ao projecto do CAFU, que neste momento já está em operação e que cobre a região mais povoada da província do Cunene, para o qual foram mobilizados recursos próprios do tesouro nacional de mais de 130 milhões de USD para a sua execução”, afirmou.

De referir que o 11.º Conselho Consultivo do Ministério de Energia e Águas teve início ontem, Segunda-feira, e termina hoje. No certame, estão a ser discutidos temas como o “Acesso aos Serviços de Água: Balanço e Principais Desafios”; “Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação”; “Infra-estruturas Provinciais: Balanço e Principais Desafios”; “Acesso aos Serviços de Electricidade: Balanço e Principais Desafios” e “Desafios de Expansão dos Serviços de Electricidade e Quadro Tarifário do Sector”.

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2022-08-01T07:00:00.0000000Z

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